Criei o espaço para publicar minhas idéias, digo poemas, apenas pensamentos espremidos até formarem versos. Puramente leigo, mais um diário que qualquer coisa.

Uma descrição do que passa por mim e do que fica, meu ponto de vista que é bastante restrito, desse tecido tão interessante, a alma humana.

Espero que apreciem a visita.


Todas as imagens são da internet e de propriedade dos respectivos sites.

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Encerramento/Continuação


    Eis que depois de 10 anos, ou "só 10 voltas ao redor do astro rei?" , desviando as órbitas ,oculares, do microcosmos interno e voltando-as ao universo circundante, a escrita me transborda e urge ser retomada. Como sinto, como sou, como respiro: escrever me auxilia a entender o mundo, me entendendo no processo.

    O primeiro blog de escrita que criei (Alma ao Microscópio) numa época em que a internet ainda não era ferramenta corriqueira e as conexões humanas predominavam in persona, me auxiliou a manter o hábito da escrita regular e de certo modo canalizar perturbações por meio do processo criativo. Num momento de ápice da conectividade esse processo mais lento e introspectivo me falta e pretendo retomar. Então surge Uma Alma e um Telescópio.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Muros

Construindo de sonhos e projetos de sorriso o jardim
cultivando belíssimas flores e desenhos trabalhados
paisagem sem igual cultivada flor a flor por anos
imensurável coleção, composta e recomposta, estudada
acaba sempre pisoteada e murcha após as visitações.

Amurando o jardim aos poucos e cuidando com mais afinco
diminuindo os olhas e passeios de seres alheios, pragas
o jardim vicejava lindo dentro dos muros bem altos
ansiavam todos por conhece-lo enfim tão bem tratado
e retornavam a alegria e os passeios entre as flores

A destruição inevitável e o pisoteio interminável
acabavam por desmontar o belo e cuidadoso trabalho
Subiam-se aos poucos e cercavam então grossos muros
mais altos, mais fortes e escondiam o novo jardim

Não se ouvia mais os comentários alegres e elogios
tantas as flores desenhando-se em pituras magníficas
o silêncio absoluto reinava em todo lugar agora
ninguém mais destruiria a paz que reinava solitária

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

E se diz: "dizem por aí..."

Diz o mundo que se ama muito
Convenientemente pouco tempo
Diz a vida que as flores são belas
E efêmeras, um piscar de tempo
Dizem que ama-se conhecendo
Não existe amor fora do tempo
Diz o verbo que a verdade é uma
Pluralidade não existe no planeta
Diz o poder que a massa é moldável
Gente boa é alegre e não reclama
Dizem que se deve ser feliz assim
Sem pedir mais, só de esperança

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Perdida

Perdi meu sorriso no teu
Um falar assim manso
Uma alegria calma, feliz
Uma pele com beijo de sol
Um cabelo de cachecóis

Perdi minha alegria na tua
Fonte que se afasta longe
Sorris pra tantos e nem viste
Quando brilhei a rir por ti
E fui apagando ao longe

Perdi minha vontade de ti
Quando não soube o que dizer
Quando quis te roubar
Quando tudo é só sonho
Sem mais que meu coração

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Desamores e fantasias

Feitos em moinhos de vento
Seguindo o imaginário infinito
Conduzindo um dia pós outro
Tentando levantar do pó em pó
Destruindo futuro para manter
O Presente intacto e fluido

Homeostasia em carne viva
Se erguendo para mais um sol
Todo tempo feito de nada
Ainda é tempo passado
Quem sabe um dia vire tudo
Sonho vívido tridimensional

Quando a coragem não fraquejar
se o dedo não mais censurar
ou as palavras pausarem em mim
de assombro pela ignorância
e os versos congelados cessarem

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Obrigada!

Depois de longa pausa sem criativo processo
por contratempos sem tempos, regresso a fim
eu-poético renovado e palavras fervilhando
agradecimentos múltiplos por todo carinho
meu apreço por cada alma que espiou
através de minhas parcas lentes/palavras
sua própria realidade, seu ser vivente
abraços em sorrisos e gratidão em versos
que possa passar de espaço em espaço
para agraciar a cada um de vocês, obrigada.

sábado, 30 de julho de 2011

Em edição

Tempo-espaço em dissolução
respostas sem questões
encontros feitos a sós

corrida dos sonhos futuros
abraços de memórias débeis
velocidade da luz no presente

Viajar com pés plantados
a cabeça cheia de nuvens
paradoxos equivalentes

fazendo companhia para si
em um mundo de solitários
alma ímpar sem direção