Criei o espaço para publicar minhas idéias, digo poemas, apenas pensamentos espremidos até formarem versos. Puramente leigo, mais um diário que qualquer coisa.

Uma descrição do que passa por mim e do que fica, meu ponto de vista que é bastante restrito, desse tecido tão interessante, a alma humana.

Espero que apreciem a visita.


Todas as imagens são da internet e de propriedade dos respectivos sites.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Cego

Os cegos que não querem ver
Esses são realmente cegos
Sou míope de sensibilidade
A afetiva é claro, o que importa!

Tem gente com defeitos
mas imperdoável é olhar
sempre nos olhos de alguém
E não perceber aquela chama
Sim que se iguala a sua!

Mas não é possível!
Aquela criatura divina
jamais seria pra mim!
Devo ter visto mal...

Depois de ver a lágrima
Derramada pelo ser divino
O coração é rasgado de dor
A alma se despedaça

E continuamos andando, tropeçando
Sempre nas flores do caminho
nos presentes divinos encantados
nos nossos sonhos tão lindos, pisados.

Cinza


A cor do neutro, do descolorido
matiz do preto, entristecido
O céu da chuva antes da tempestade
O lago do outono antes do inverno

Tristeza é cinza, apagado
Ainda é cor, ainda se percebe
mais como a tristeza, some
deixa opaco, esmaecido

Depois do fogo, cinza
Depois da dor, cinza
Sem ter amor, cinza
Sentir dor, cinza

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Papel e caneta na mão


a mão se esforça à acompanhar
tudo que constrói o pensamento
transcrevendo no verso as idéias
a vontade, uma fúria, sentimento.

Movendo em uníssono a riscar
a caneta marcando o papel enquanto
na mente tudo gira em movimento
o pensar vai riscando o ser.

Mergulhar na alma, profundamente
depende das condições do tempo
segundo a emoção doce que aquece
ou as fúrias que turvam as águas.

A vista sempre alcança os fragmentos
de naufrágios tenebrosos, cicatrizes
Ou os tesouros ganhos, escondidos
que fazem acalmar as tempestades.

Entre lembranças e temores
os desencontros, os amores
registrados na lembrança
eternizados ficam em papel.

domingo, 18 de abril de 2010

Voando

ver a vida como um filme
sendo principal e coadjuvante
rindo e chorando, ou contemplando

tão simples e tão fantástico
um mundo de coisas para ver
infinito de situações a conviver

um livro sendo construído
as páginas sem número final
cenas trágicas e cômicas

a beleza do movimento
a grandeza no incerto
a maravilha no presente

Poder sentir arder a dor
Ou feliz rasgar-se em sorrisos
E apreender no que se passa.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Covardia




Declaro-me absolutamente covarde
não é que esteja tomando coragem
Ou queira moverme desse estado
Tão comodo e inerte, estagnado.

Nada mais que uma voz perdida
Daminha consciência abafada
Tentando não dar-se por vencida
Negando-se a permanecer calada.

Grita ao ver um menino pequeno
Cheirando cola na esquina
Com os trcados que dei a ele
De dentro do confortável carro.

Chora ao ver espancado o homem
que por ser fraco ou desesperançado
não teve sorte na vida e dorme
Na rua, à margem da vida.

Desespera-se ao ver sofrer
o cão perdido na multidão
Solitário e faminto, de amor
Abandonado sem qualquer pesar.

Magoa-se com o preconceito
Ofende-se com a corrupção
Estarrecida com a escravidão
Remoe-se ante a devastação.

Mas então vem a arma poderosa
que faz calar a consciencia
adormece-la por um tempo
A nessecidade imediatata.

Sim! A fome de adiquirir, consumir
De conquistar, vencer e ganhar!
Por que crescemos para gastar,
Não importa mais quem somos.

A fé segue a moda do momento
E a vontade é a última tecnologia
Entre corações e almas famintos
Vivemos só de fantasia.