Criei o espaço para publicar minhas idéias, digo poemas, apenas pensamentos espremidos até formarem versos. Puramente leigo, mais um diário que qualquer coisa.

Uma descrição do que passa por mim e do que fica, meu ponto de vista que é bastante restrito, desse tecido tão interessante, a alma humana.

Espero que apreciem a visita.


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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Escorrendo tristeza


A dor que sinto e que me rasga
vai corroendo qualquer respeito
qualquer réstia de sentimento
escoa quando escuto, vejo, leio

Gente que ri de gente diferente
Gente que humilha gente inocente
Gente que pisoteia gente indefesa
Gente que mata gente que crê
Gente que tortura gente que ama
Gente que odeia gente por ser gente
assim, simplesmente

Isso desgasta, cansa, entristece
Como pode alguem dizer que é gente
se por vontade própria esquece
aquele do outro lado da sua raiva
também é gente que pensa e sente

É assim tão difícil de imaginar
um coração querido ali parado?
Ver que alguem bem do seu lado
pode ser a próxima vítima
do medo de alguém encurralado?

Gente violenta tem medo, e esconde
esse medo em cara feia de fúria
Desconta sua frustração no alheio
em tudo que é desconhecido seu
Sem ter consciência de si, de nós.

Por mais difícil que seja ainda,
exercitar pra valer, a tal da cidadania
(músculo esse que até você desconhecia)
Nesse mundo tem muita gente, diferente
Ninguém jamais vive a sós, o eu é um nós.



Um comentário:

  1. Olá Cibis...
    Sei que sempre leio belas poesias quando
    venho aqui, mas sinceramente, essa está espetacular.
    Eu particularmente, amo poesias sociais, que falam de gente como a gente, ou de gente diferente. E você fez isso com uma maestria de palavras, que conseguiu descrever em versos todos os sentimentos que a violência cria ao seu redor. Parabéns mesmo!
    E não leve tanto tempo pra postar não, pois sempre venho procurar um belo texto por aqui, e a cada novo que encontro, é uma leitura agradável, escrita por alguém que realmente sente o que escreve.
    Um abraço!

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