
Declaro-me absolutamente covarde
não é que esteja tomando coragem
Ou queira moverme desse estado
Tão comodo e inerte, estagnado.
Nada mais que uma voz perdida
Daminha consciência abafada
Tentando não dar-se por vencida
Negando-se a permanecer calada.
Grita ao ver um menino pequeno
Cheirando cola na esquina
Com os trcados que dei a ele
De dentro do confortável carro.
Chora ao ver espancado o homem
que por ser fraco ou desesperançado
não teve sorte na vida e dorme
Na rua, à margem da vida.
Desespera-se ao ver sofrer
o cão perdido na multidão
Solitário e faminto, de amor
Abandonado sem qualquer pesar.
Magoa-se com o preconceito
Ofende-se com a corrupção
Estarrecida com a escravidão
Remoe-se ante a devastação.
Mas então vem a arma poderosa
que faz calar a consciencia
adormece-la por um tempo
A nessecidade imediatata.
Sim! A fome de adiquirir, consumir
De conquistar, vencer e ganhar!
Por que crescemos para gastar,
Não importa mais quem somos.
A fé segue a moda do momento
E a vontade é a última tecnologia
Entre corações e almas famintos
Vivemos só de fantasia.
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